segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Resenha:

Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve apreciação, e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais (como uma feira de livros, por exemplo) ou de obras (cinematográficas, musicais, teatrais ou literárias), com o objetivo de apresentar o objeto (acontecimento ou obras), de forma sintetizada, apontando, guiando e convidando o leitor (ou espectador) a conhecer tal objeto na integra, ou não (resenha crítica).
Uma resenha deve conter uma análise e um julgamento (de verdade ou de valor).
Uma resenha pode ser:

* Descritiva – É o caso dos resumos de livros técnicos, também chamada de resenha técnica ou cientifica. A apreciação, ou o julgamento em uma resenha descritiva julga as idéias do autor, a consistência e a pertinência de suas colocações, ao longo da descrição da obra, ou seja, trata-se de um julgamento de verdade.
* Crítica ou opinativa – Nesse tipo de resenha o conteúdo apresentado é um pouco mais detalhado do que na resenha descritiva, pois os critérios de julgamento são de valor, de beleza da forma, estilo do objeto (acontecimento ou obra). A exploração um pouco maior dos detalhes ocorre devido à necessidade de que o autor da resenha fundamente suas críticas, sejam elas positivas ou negativas, utilizando outros autores que trabalharam o mesmo tema.

Antes da produção da resenha de um livro – por exemplo – devem ser seguidos os seguintes passos:
- Leitura e reflexão sobre o texto do qual será feito a resenha, sendo que muitas vezes são necessárias leituras complementares para um melhor entendimento do tema.
- Resumo da obra, no qual deverão ficar clara as idéias principais do autor. Este resumo será a base para a resenha, mas não ela.
- Selecionar dentre as idéias principais, uma que será destacada, e até aprofundada (no caso das resenhas críticas).
- Emitir um julgamento de verdade (resenha descritiva) ou de valor (resenha crítica), sendo necessária a fundamentação no caso da resenha crítica.
- Elaborar a resenha a partir dos passos anteriores, sendo que a organização do texto fica a critério do autor. A resenha deve conter, ainda, uma brevíssima identificação do autor da obra (vida e outras obras). Ao fim da resenha, o autor da mesma deve se identificar.
Alguns autores indicam ainda outro tipo de resenha, chamada pelos mesmos de resenhas temáticas. Nesse caso, são apresentados vários textos e autores que falam sobre o mesmo tema, fazendo as devidas referências
Créditos:http://conexaoeducandoeaprendendo.blogspot.com/

      O Corpo

O autor fala nesse texto da tentativa do homem entender o seu próprio corpo surgiram varias idéia idealista para explicar melhor o homem não só como parte integrada, mas como algo dividido em duas partes. Desde a posição idealista com as idéias de Platão e do ascetismo medieval, a posição materialista com o período de dessacralização do corpo, do conceito de Spinoza e a posição da fenomenologia com exemplos de interação corpo-consciência.
Essa dicotomia, ou seja, o nome dado à separação do corpo-consciência e visto no pensamento grego pelo filosofo Platão, ela acreditava que o corpo antes de reencarnar teria vivido no mundo das idéias ela era livre e tinha total acesso a tudo, só voltava pro corpo por castigo ou necessidade, com isso ela se tornaria prisioneira do corpo. Assim ela se dividiria em duas partes a intelectiva (superior) e a alma do corpo (inferior). A inferior também estaria dividida em duas partes: irascível que acontecia no impulso, que vinha do peito, e concupiscível que seria os desejos pelos bens-materiais e pelo desejo sexual, que vinha do ventre.
Platão defendia que alma superior (intelecto) tinha que superar a inferior, que para ele seriam os desejos do corpo, pois o corpo é imoral, é corruptível. Por isso ele defendia na idéia de um corpo saudável que praticasse exercício físico como ginástica, pois um corpo saudável traz beneficio a alma, um corpo doente é uma alma doente, com essa idéia ele afirmar sua idéia de superioridade do espírito sobre o corpo, seu o corpo não estiver com uma boa saúde o espírito não pode se desprender para a contemplação das idéias, isso tornar empecilhos para a superioridade do espírito.
A idéia do ascetismo medieval vem do pensamento de Platão, mas adaptada com a luz da revelação cristã, que é marcada por monges que se isolam em cavernas, se afastando do mundo para sim ter, uma purificação do espírito, buscando assim a perfeição através do afastamento das coisas mudanas.Os monges se reunia em monastério ,mas cada um com sua cela,porque o corpo é sinal de pecado e degradação,com isso construindo a pratica da purificação, que estimulava o ascetismos que significava “exercício”,as atividades espiritual que visava o controle de desejo que acontecia através de jejum abstinência e flagelação,como “chicotadas”,considerado como uma atitude necessária para uma vida moral.
Depois dessas idéias, chegou então a idéia da posição materialista, aonde o corpo vira objeto de estudo. Na idade média era proibido pela igreja a dissecação de cadáver, isso era considerado um crime capital, As experiências de Vesálios revolucionou a idéia errada da Anatomia, com a diversas descobertas que ele fez , O corpo então passa a ser objeto da ciência . Descarte coloca o dualismo psicofísico em questão: pensamento e corpo. O corpo fica como objeto, autônomo, alheio ao homem. Ele divide corpo e espírito, mas o corpo não é mais visto como sagrado e sim como mero objeto, que pode ser manipulado a favor da ciência. Corpo apenas como depósito do espírito, que não tem valor em si mesmo. Divide o homem em partes que não tem ligação uma com a outra.
Spinoza foi uma teoria totalmente nova, das que já existiam dos gregos, para ele existia um paralelismo, não existia hierarquia entre corpo é espírito, para ele há uma expressão e simples correspondência, não uma casualidade entre eles, ou seja, o corpo é alma são passivos é ativo.
Fenomenologia vem pra superar essas dicotomias de corpo-consciência, corpo-mundo e homem-mundo, ela diz que o homem é um ser no mundo, o corpo faz parte da totalidade do homem, sendo assim ele não é uma coisa nem um obstáculo para o homem “... meu corpo não é alguma coisa que eu tenho, eu sou o meu corpo” (pág.315) com isso vermos que nosso corpo é algo importante para nosso relacionamento com o mundo através dele que nos expressamos ,quando observamos uma outro individuo vemos um homem não uma maquina,antes dele conhece qualquer coisa, ele é um ser que sente e que vive assim participando da sua realidade.
Através do trabalho humano o homem modifica a natureza e vai se transformando, isso só acontece através da força do corpo que atua na natureza A ferramenta por si só não pode fazer nada, depende então da utilização que o homem fará dela. Sendo assim o corpo não pode ser considerada uma ferramenta, pois ele age no mundo é pode transformar o seu meio em que vive.
Um outro exemplo que o autor utilizar é a Educação física, como integração de corpo - consciência, quando adolescente sofre a modificação em seu corpo ele passa estranhar ,pois passa a ter uma nova dinâmica corporal como os gestos, atitude e reflexão diferente, sendo assim a educação física ajudam na descoberta de si próprio “A educação física, assim compreendida, provoca o equilíbrio interior da personalidade.” (Pág.316)
A sexualidade também não deve se compreendida como algo biológico é separado da totalidade do homem, tentou ao longo da historia através do conceito puritanismo que nega os impulsos sexuais e o libertinismo vive em função desses impulsos, São dois extremos, porque a sexualidade faz parte do homem, não devendo ser negado, nem que a razão da existência. É expressão do ser humano, que tem desejos, vontades. Então a sexualidade faz parte do homem, não podendo ser compreendido como algo separado.
A dor e a doença também devem ser vista como expressão do corpo, por que sentirmos o que o corpo ta expressando Assim muito além de apenas uma doença, elas possuem significados.  Pode ser um meio de chamar a atenção, de se livrar de algum castigo, de sensibilizar ou castigar alguém, de fugir de compromissos. Mas de alguma formar ela server para expressar  o que o corpo que manifestar.
O homem não é algo ou uma coisa fragmentada, ele precisa de todas as integrações das atividades gerais como conhecimento, emoção e vontade humana, não da pra usar a razão sem utilizar a emoção sem envolver a emoção, os desejos e assim com os demais. Pois o homem é um ser que pensa-sente-quer-age,sendo assim não pode ser fragmentado.
Esse texto demonstrar como o homem tenta entender a manifestação do seu corpo, é pra isso o homem acreditava que seu corpo fosse algo separado da alma, que existia uma dicotomia, mas a fenomenologia veio para superar essas idéias é entender que o homem é um ser no mundo, e suas manifestação faz parte da sua totalidade é através dele que o homem se relacionar no mundo.


Referência Bibliográfica:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna.2002, p.311 a 318.

Sem comentários:

Enviar um comentário